domingo, 9 de outubro de 2011



“Eu estava no chuveiro a mais de meia hora, assim que eu saísse de lá eu teria que me arrumar em menos de quarenta minutos para encontrar com ele outra vez, até que o meu telefone tocou e eu sai correndo pelo banheiro até chegar ao quarto, não olhei o número só atendi, então a voz dele falou do outro lado da linha:
- Aconteceram uns imprevistos, não vou poder te ver hoje, me desculpa.
E então o meu mundo desabou, eu estava tão acostumada a sair com ele todas as noites, que parecia tão ruim e tediosa a ideia de ficar longe dele naquela noite, mas como ele não sabia disso, eu simplesmente disse:
- Tudo bem.
Ele soltou um suspiro em sinal de derrota, acho que aquilo não passava de um jogo, ele queria que eu dissesse que iria sentir a falta dele e que queria ver ele hoje de qualquer jeito, não importava a hora ou lugar, mas eu simplesmente disse “tudo bem” acho que ele não queria ouvir aquilo. Após alguns longos segundos de silêncio ele disse:
- Te vejo amanhã então, beijos e se cuida minha pequena.
Um sorriso surgiu no meu rosto naquele momento, e eu não disse nada, só desliguei o telefone e segui pro meu closet para me trocar, mesmo ele não saindo comigo eu iria sair, eu não ia ficar em casa fazendo nada, eu ia sair para me divertir, conhecer outros caras para que um deles ocupasse o espaço vazio da minha cama naquela noite. Quando enfim estava pronta, peguei o meu casaco, minha bolsa e minhas chaves. Andei tranquilamente pelas ruas de Londres e então entrei num pub, era o lugar aonde eu o vi pela primeira vez e as lembranças daquele dia vieram na minha cabeça assim que eu sentei no mesmo banco onde eu costumava sentar. Eu pedi uma bebida ao garçom que a trouxe rapidamente, bebi calmamente, então eu percebi que eu não queria estar ali sozinha, se era para eu estar ali ele tinha que estar comigo, acabei com a minha bebida, paguei e sai dali em direção a minha casa, assim que cheguei em casa vesti o meu pijama e me deitei, ainda estava cedo mas a única coisa que eu tinha para fazer naquele momento era isso. Acordei quando senti alguém me abraçar pela cintura, pensei que estava sonhando, mas aquele abraço era real demais para ser só um sonho, então me virei e encontrei aqueles olhos verdes me encarando, então eu pensei como ele tinha entrado aqui e parecendo que tinha lido os meus pensamentos ele me mostrou um chave, a maldita copia da chave da porta, ele tinha roubado ela de mim sem que eu tivesse percebido. Dei um soco de leve no braço dele e sorri, era bom ter aqueles olhos verdes me encarando, aqueles braços envolvendo a minha cintura e aqueles lábios tocando os meus, era bom ter ele ali, do meu lado.”

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